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Localizada a 55 km da Capital Porto Alegre, Lindolfo Collor está situada em uma região considerada berço da colonização alemã no Estado. 

Sua história se inicia há mais de 8.000 mil anos atrás, a qual esta localidade abrigavam índios nômades, da tradição Umbu que viviam em pequenos bandos.

Os primeiros imigrantes europeus que aqui chegaram se estabeleceram no ano de 1827.

Com a emancipação, em 26 de março de 1992, o município passou a se chamar Lindolfo Collor, em homenagem a esta figura ilustre que muito contribuiu para com os trabalhadores do Brasil.

A colonização europeia em nosso município se refletiu principalmente na religião e nas atividades culturais. A igreja Evangélica Luterana da Picada 48 Baixa (templo luterano mais antigo em uso no Brasil), construído em 1850, e a Sociedade Atiradores de 1901, são reflexo disso.

Os mascotes municipais, o Capivarito e a Capivarita, são uma homenagem à antiga Picada Capivara, nome dado a esta localidade, pois no passado os imigrantes abriram Picadas para aqui se estabelecerem, e nestes locais haviam muitas capivaras.

Lindoldo Collor é o 3° menor município do Estado, com uma área de 33 km², contudo, é considerado um dos maiores produtores e exportadores mundiais de tapetes de couro, Sua produção é de milhares de peças, o que nos torna destaque no cenário internacional. 

Diante desse fato, em 2011, pelo projeto de Lei n° 319, Lindolfo Collor foi nomeada a "Capital dos Tapetes de Couro". Ao longo dos anos, em virtude dessa grande produção de couro, é realizada a Feira de Tapetes e Artefatos em Couro junto às festividades alusivas ao Aniversário de Emancipação do município.

 

PRIMEIROS MORADORES:

Durante milhares de anos, o atual município de Lindolfo Collor foi habitado por índios. Estes viviam em um pequeno grupo, eram nômades, pois não tinham moradia fixa. Habitavam cavernas ou pequenas choupanas feitas, preferencialmente, de barro ou madeira. Viviam da caça, pesca, coleta de frutas e raízes, e sempre que o alimento começava a faltar, trocavam de lugar.

A caça de animais poderia ser feita com arco e flecha, arremesso (boleadeiras, lanças) ou armadilhas. É importante salientar que nem todos os grupos indígenas tinham a mesma técnica para realizar a caça de animais.

Procuravam se acomodar em locais estratégicos, que pudessem oferecer, além do abrigo, uma boa visão ao seu redor, bem como água disponível para o consumo.

Segundo escavações realizadas aqui no ano de 1986, constatou-se que estes índios pertenciam à tradição Umbu e viveram em nosso município por volta de 8.500 anos atrás, uma vez que aqui foram encontrados restos de ossos e pedras lascadas, que comprovam sua origem. Foram encontradas e analisadas 404 pontas de projéteis.

Como são materiais muito sensíveis e que precisam de um local adequado para seu resguardo, atualmente estes materiais encontram-se no Museu Anchietano, pertencente à Universidade Unisinos, no município de São Leopoldo.

 

COLONIZAÇÃO:

No ano de 1827, chegaram onde hoje é Lindolfo Collor, os primeiros imigrantes vindos da Europa. A ideia de trazê-los para o Brasil foi de D. Pedro I, que era o imperador do Brasil na época.

O Brasil acabava de se tornar independente (1822) e como era muito grande, havendo muito espaço para povoá-lo, quanto mais pessoas viessem para o cá, mais contribuíram para gerar mais riqueza, bem como protegê-lo de invasões.

A saída da Europa foi causada pela miséria, falta de terras e guerras. Estes imigrantes vieram para o Brasil na esperança de uma vida nova, com melhores condições de moradia e trabalho. Alguns vieram da região do Rio Mosela, outros de Würtemberg, entre outras regiões. Desde os primeiros imigrantes, podemos destacar as famílias: Molter, Weirich, Krug, Zimmermann, Bauermann, Heinz, Petry e Herbert.

Quando chegaram aqui, cada família recebeu lotes de terra, onde puderam plantar, criar animais, construir suas casas e desenvolver o comércio.

O nosso município ficou conhecido, inicialmente, por Picada 48 Baixa em virtude dos 48 lotes de terra que os imigrantes receberam. Com o passar dos anos, outras localidades foram sendo criadas, principalmente por imigrantes alemães, como a 14 Colônias.

A religião teve papel fundamental na vida dos imigrantes alemães. Na medida em que estavam bem estabelecidos e organizados, começaram a construir as primeiras igrejas.

A Igreja Evangélica Luterana, da Picada 48 Baixa, construída em 1850, na localidade da Picada 48 Baixa, é o mais antigo templo luterano em uso do Brasil.

Já as primeiras moradias eram simples, sendo feitas sob as árvores ou pequenas moradias improvisadas. Com o passar do tempo, construíram casas no estilo enxaimel, que eram mais elaboradas e confiáveis. Estas eram feitas basicamente de barro ou fezes de rês (gado ou porco), palha, bambu e madeiras encaixadas, sem uso de pregos ou parafusos, sendo que muitas delas, atualmente são centenárias.

Muitas dessas casas possuíam a cozinha do lado de fora, em um anexo. Isso acontecia, na maioria das vezes, para evitar incêndios causados pelo uso do fogão ou do forno à lenha.

Muitas dessas casas, além de moradia, também serviram de casas comerciais, salões de baile e de museus. A mais antiga é do ano de 1853 e a grande maioria é usada até hoje.

As principais atividades econômicas dos imigrantes eram a agricultura e a pecuária, estas, basicamente, para a subsistência. Com o passar dos anos, muitas outras profissões foram surgindo, como: sapateiros, marceneiros, carpinteiros, curtidores, entre outras.

Uma das festas mais tradicionais do nosso município, de origem alemã, é o Kerb.

Em 1901, os imigrantes alemães fundaram a Sociedade Atiradores. Os festejos passaram a ocorrer lá, assim como as atividades de tiro ao alvo e, mais tarde, o bolão.

A década de 1970 marcou uma mudança profunda na vida das pessoas que moravam em nosso município. Quando Lindolfo Collor ainda pertencia a Ivoti, em nossa localidade surgiram grandes indústrias, ligadas aos setores do couro e do calçado.

Com poucos habitantes e, como a oferta de emprego começava a aumentar cada vez mais, começaram a chegar muitos migrantes vindos da região do alto Uruguai e da região Celeiro de nosso estado.

O número de migrantes que aqui chegavam aumentava a cada ano, e isso resultou no surgimento de vários bairros e loteamentos para atender a demanda de moradores. A Vila Três Passos, os Loteamentos Petry, Feldmann e Spindler começaram a crescer ou surgir para atender esta nova realidade. 


EMANCIPAÇÃO:

O ano de 1991 ficou marcado na história de nosso município. Depois de muitas conversas e debates, foi realizado o plebiscito que decidiu pela criação do município de Lindolfo Collor. No dia 10 de novembro de 1991, 1.393 eleitores foram às urnas, destes 1.068 votaram pelo sim, permitindo assim a emancipação da Picada Capivara, como era conhecida nossa cidade.

Em 26 de março de 1992, após lutar por melhores condições de vida para as suas famílias, a pequena comunidade conquistou sua emancipação e criou-se o município de Lindolfo Collor, instituído pela Lei 9.630 de 24 de março de 1992.

Um antigo sonho se realizou, a pequena localidade da Capivara, transformou-se em um município, este que até hoje encontra-se em permanente transformação.

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